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Erro enquanto fonte de aprendizagem

27 de Junho, 2024
1. Ato ou efeito de errar.
2. Aquilo que resulta de uma má compreensão ou de análise deficiente de um facto ou de um assunto. = Engano, Incorreção, Inexatidão
3. O que está imperfeito ou mal feito. = Defeito, Falha, Imperfeição, Solecismo
4. Diferença entre o valor real e o valor calculado ou registado por observação.
5. Desvio em relação a uma norma (ex.: erro ortográfico).
6. Afastamento do que é considerado o bom caminho ou a boa conduta. = Desvio, falha
7. Atitude ou comportamento considerado reprovável do ponto de vista moral. = Falha, Pecado
"erro", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, 2008-2024.

Fomos criados para encarar a palavra erro como algo pejorativo. É inegável que no decorrer da nossa vida sempre nos incutiram que, apesar de errar ser humano, é também algo que deve ser evitado. Além disso, em crianças, a palavra erro estava frequentemente ligada à de castigo, o que sedimentou, ainda mais, este sentimento de que errar é mau, é prejudicial, é algo que todos devemos evitar. Assim, muitos de nós fomos levados a acreditar que errar é mau, pelo que almejamos nunca errar. Enquanto isso, outros tratam os ditos erros por tu e as suas vidas não passam de uma soma, precisamente, de erros, aos olhos dos seus pares. Sendo assim, como é possível que algumas pessoas lidem tão bem com o erro constante? Como é que algumas pessoas conseguem errar e avançar como se nada fosse, como se os erros constantes não fossem um âncora que as puxa para o fundo?
Provavelmente, o segredo é simples.. Estas pessoas, mais do que encarar o erro como uma fatalidade, uma falha, um defeito ou um pecado, olham para este como uma oportunidade de aprendizagem, de crescimento e de evolução. E a questão é que, se formos honestos e verdadeiros com nós próprios, conseguimos facilmente perceber esta forma de pensar e de encarar a vida, até porque a história já nos provou que, muitas vezes, as melhores descobertas, as evoluções mais disruptivas, nasceram, precisamente em resultado de erros. A penicilina, por exemplo, foi descoberta por Alexander Fleming, em 1928, porque este, na sua busca por substâncias que matassem bactérias em feridas, durante umas férias, por esquecimento, deixou o seu material de estudo desprotegido em cima de uma mesa. Quando voltou percebeu que uma das culturas tinha sido contaminada por um fungo e que uma substância nesse fungo tinha matado as bactérias. Assim nascia a penicilina. 

Outra possibilidade são os famosos post-it que todos já usamos. Diz a história que estes famosos papéis que colam tiveram origem quando Spencer Silver, da multinacional norte-americana 3M, tentava desenvolver um adesivo forte. O problema é que o investigador não conseguia criar um. O melhor que conseguiu foi um adesivo fraco, que conseguia colar e descolar. Frustrado com o erro, deixou a criação de lado. Em 1970, o seu colega Arthur Fry procurava um marcador de páginas que fosse adesivo, mas que não estragasse o papel quando as anotações fossem removidas. Foi aí que se lembrou da invenção errada de Silver e desenvolveu o primeiro post-it da história.
Estes são apenas dois exemplos de vários que podiam ser dados e que nos ajudam a perceber que, de facto, muitas vezes, as grandes oportunidades surgem de erros ou de tentativas menos conseguidas. Assim, todos os erros são, no mínimo, uma oportunidade para crescermos e aprendermos por forma a que estes não se voltem a repetir. É por tudo isto que nunca devemos olhar para os erros como um obstáculo, mas sempre como uma oportunidade de melhoria e inovação. 
Já pensou o quão monótona seria a vida se nunca errássemos e se tudo fosse perfeito?  Por isso permita-se errar, crescer, evoluir, regenerando vidas com amor e equilíbrio. 

Por Armanda Bragança

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